sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ótimo retorno colegas Psis!

Olá Pessoal!
O DAPSI deseja um ótimo retorno das férias a todos os acadêmicos! O blog estava um pouco parado em função das férias, mas agora juntamente com as aulas retornamos com força total!!!
Recebemos uma mensagem de despedida do nosso colega, agora sim: Psicólogo! hehe Eduardo, que muito contribuiu com o Dapsi! A ele fica o nosso agradecimento, desejo de muito sucesso na vida Psi e grande saudade! Esperamos também que retorne logo logo, agora como palestrante ao curso! Abraços..Abaixo segue a mensagem do nosso colega Eduardo!



Despedida

Já não faço mais parte desse grupo. Conclui meu curso de graduação. O que é uma conquista também demanda que lidemos com o luto. Luto que não acontece somente quando alguém morre, mas quando algo da nossa história deixa de existir.
Me formei em janeiro de 2011. Estando fazendo parte do curso desde 2006, acompanhei o processo de nascimento do Diretório Acadêmico de Psicologia.
Idealizado por mentes lideres da Clarissa Pizarro e do Lucas Limas, cheguei nesse grupo em 2007, quando foi fundado. Éramos muitos, senão me engano, 17.
Éramos os mais novatos naquele momento, eu e minha colega Carla. Aquilo nos tomou, desde inicio, muito de nossa responsabilidade. Agarrávamos o DAPsi como realmente fazendo parte de nossas vidas e formação.
Nos indignávamos quando alguém (seja aluno, professor), nos alertava de que estaríamos prejudicando nossa aprendizagem ao colocarmos a disposição muito de nosso tempo. Também pudera, não foram poucas as vezes que, pensando no bem comum (é isso, afinal, que se trata um DA), saíamos das salas de aula ou nem comparecíamos.
Mantive uma relação de amizade e admiração com nosso primeiro presidente, o Lucas Lima. Aprendi com ele (mas não apenas com ele) que liderar não é ser autoritário. Que sentir prazer em construir algo em prol de mais de cem pessoas (número de alunos e professores) era algo único.
Passou-se um ano, muitas pessoas abandonaram o barco. Mas este não afundou. Pelo contrário, suas velas estavam alçadas e os ventos sopravam ainda mais fortes, muitas vezes no sentido contrário da onde queríamos ir. Na verdade, algumas vezes íamos a esmo, acabávamos à deriva...
Tornei-me o segundo presidente. Mas engana-se quem pensava que somente os presidentes eram os responsáveis pelo DA. Não, nossas reuniões eram as coisas mais próximas que já presenciei daquilo que tanto se houve falar mas pouco se pratica realmente: DEMOCRACIA.
Cada um tinha sua importância. Tínhamos os cargos, exigências de um órgão que buscava oficialização, mas cada um pegava na mão do colega e assim, fazíamos tudo juntos. Colocávamos nossas habilidades, capacidades, contatos, a serviço do DAPsi.
Realizamos eventos que começavam como idéias remotas, e se apresentavam como grande sucesso. Abandonamos alguns sonhos. Há coisas das quais gostaria de participar, mas meu tempo aqui já se encerrou.
Veio o Jonatã. Terceiro presidente. Tempo conturbado, de luta contra aqueles que deviam estar do lado dos acadêmicos, mas serviam a partidos políticos, a várias coisas que, se contasse aqui, ninguém acreditaria.
Um ano depois, nova conquista: nossa primeira presidente feminina. Não falo da Dilma, falo da dedicada e bela Ciana.
Via nela, e tenho certeza que a Carla também, aqueles que fomos. Recém chegados, com vontade de mudar o mundo e, como ensaio mas seriamente, tentamos mudar algumas coisas no curso, acrescentar outras.
Nesse tempo éramos pouquíssimos. Mais de uma vez, tudo indicava para um fim do DA, mas nunca deixaríamos isso acontecer.
Lembro que em um evento defendemos a participação dos colegas. Mostramos o que já havíamos feito e o quanto precisávamos da colaboração dos colegas para fazer mais. Foi difícil segurar a emoção. Defendíamos como alguém defende a vida. E estávamos defendendo a vida de nosso DA, que com orgulho foi o único da URI-Santo Ângelo a estar na ativa (até surgir nossos companheiros de História e Pedagogia).
Não estou aqui para me vangloriar, embora tenha consciência do quanto batalhei por esse movimento. Mas não estava só, contava com mais pessoas além dos nomes aqui citados.
Venho aqui como um adeus. Não um adeus de alguém que parte para nunca mais voltar. Mas um adeus a esse momento de vida. A esses quatro anos desde o nascimento do DAPsi até a formatura.
Venho homenagear e tornar público minha satisfação e amor por essa entidade. Não vai ser fácil desligar-me completamente. Mas como um filho que “abandona” a casa dos pais para crescer, deixo meu querido DAPsi, cria de tantas pessoas, para seguir sozinho.
Mas sei que o deixo em boas mãos. Talvez nunca tivesse estado mais confiante do que agora. Nem sinto ciúmes. Quem sabe inveja, quem dera a graduação fosse de 10 anos (rs, brincadeira).
A Carla que me desculpe, mas escrevi isto como forma de fechar um ciclo. Quem me conhece realmente sabe o quanto isso, às vezes, é algo difícil para mim. Mas diante da situação de que as circunstâncias me tiram o direito e dever de participar do DA, não me restava nada mais do que redigir essas poucas palavras (poderia escrever muito mais, pois há muito que se contar e recordar), em fazer essa despedida, colocando o DAPsi (incluo todos que nos apoiaram, até mesmo os “inimigos”) como uma das experiências mais importantes e gratificantes da minha vida.
Poderei um dia fazer alguma outra graduação. Poderei ainda ter a chama de justiça e desenvolvimento acessa, mas não terei esses anos de volta. Mesmo que seja a URI, não serão as mesmas pessoas, nem o mesmo período de vida.
Mas que fique na memória. Que eu possa acompanhar, de longe, como quem não quer nada, a quantas anda esse ser DA. E que ele não esqueça desses nomes. Nós não criamos o DAPsi apenas, ele também nos criou....